Das mentes mais interessantes da música brasileira atual, o músico Kiko Dinucci lançou seu segundo álbum solo usando somente voz e violão. Mas não se engane. É a voz e violão mais agressiva e subversiva que você vai ouvir no momento. Perfeita pro cenário brasileiro atual em clima de faroeste.

Rastilho” é composto por onze músicas, algumas somente instrumentais. Ou seja. Só violão. Mas a tocada de forma bem percussiva, se influenciando do punk, samba e candomblé, enche os ouvidos de maneira completa. Me remeteu bastante aos Afro-Sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Toda essa energia reflete-se também nas letras e cantos.

Kiko é acompanhado pelo coro formado pelas cantoras Dulce Monteiro, Maraísa e Gracinha Menezes, além das participações das cantoras Juçara Marçal e Avá Rocha e do rapper Ogi. Álbum simples na teoria e complexo na absorção. Tá no vício dos ouvidos por aqui. Experimenta aí!

Ouça: Kiko Dinucci – Rastilho (Tratore, 2020)